A verdade fria: Tyson Fury foi humilhado pelo “campeão de tênis de mesa”.
A fúria estava na tela, o branco dos olhos esbugalhados, cobrindo até os momentos mais luxuosos da cerimônia da noite de abertura em Riad. Realmente não há duas maneiras de fazer isso. Esta noite na Arábia Saudita, Fury foi ferido, disciplinado e envergonhado pela estrela do MMA, estreante no boxe, Ngannou, um dos maiores azarões da história dos esportes de combate. Como o próprio Ngannou escreveu no Instagram após este evento cruzado, "Campeão Mundial de Tênis de Mesa".Tyson Fury, a virada do ano, caiu
Faté Andy Murray teve que intervir quando as palavras de Ury voltaram para mordê-lo com mais veneno. "Quantos pontos um jogador de squash número 1 do mundo marcaria contra um jogador de tênis número 1 do mundo em uma partida de tênis e vice-versa?" twittou o... bem... ex-tenista número 1 do mundo. "Acho que perto de zero para ambos... uma aparência ruim para o boxe."No sentido mais estranho, teria sido melhor se Fury tivesse sido nocauteado. Pelo menos então, o campeão dos pesos pesados do WBC poderia apontar para a narrativa pré-luta de que a única esperança de Ngannu era que seu poder notoriamente poderoso criasse um momento de pura magia.
Em vez disso, o camaronês de 37 anos venceu rounds suficientes para vencer Fury nas etapas desta luta – uma luta de boxe, lembre-se – e aos olhos de muitos presentes, incluindo lendas do boxe.
No final, Ngannou foi dispensado no placar, o que levou muitos espectadores a ecoar um sentimento há muito ecoado no boxe: não importa quantos rounds passem, ele nunca abaixará a cabeça em uma noite como esta. Mesmo assim, a verdade é esta: embora o ex-campeão do UFC tenha lutado incrivelmente bem, a luta foi muito acirrada. Ficar irritado com uma decisão dividida não é necessariamente a decisão errada. Mas o facto de essas palavras existirem nesta sequência em qualquer ambiente sugere que Ngannou é o vencedor – mesmo que não tenha o título.
Na verdade, Ngannou venceu quando fugia de uma pedreira de areia onde trabalhava aos 10 anos de idade nos Camarões. Depois de inúmeras tentativas fracassadas, ele triunfou quando saiu de uma prisão na Espanha depois de ir para a Europa e melhorar suas habilidades nas artes marciais a ponto de finalmente poder escapar da pobreza em Paris. Ele foi um vencedor quando conquistou o título dos pesos pesados do UFC, e um vencedor ainda maior quando corajosamente abriu mão do cinturão e abandonou um contrato que o tornou o peso pesado mais bem pago da história do UFC.
Ele venceu quando assinou para lutar contra Fury e ganhou uma bolsa que superou todos os seus ganhos no UFC, e venceu quando mandou o campeão peso-pesado do boxe para a tela na Arábia Saudita - mesmo quando os placares foram revelados, mesmo que ele não vencesse.
E Fury foi derrotado na vitória. Um confronto indiscutível pelo título com Oleksandr Usyk, com quem dividiu o ringue ao "vencer" Ngannou, foi discutido em 23 de dezembro. Aparentemente, Fury estava adiando a data, enquanto rumores sugeriam que Usyk não estaria pronto a tempo. Porém, ao conversarem no ringue, foi o ucraniano quem exigiu que deixassem a arena após dois meses, enquanto Fury e seu promotor se afastaram da data em questão.
No início desta semana, Fury sugeriu que “cortejaria” Usyk se o jogador de 36 anos não lutasse com ele em 23 de dezembro. Agora o lado Fury está convocando janeiro ou fevereiro; então eles podem esperar ser processados? Quase não, claro, é a resposta; não há nenhuma evidência pública de que a data foi mencionada em seu contrato, então foi uma tolice da parte do Fury usá-la contra Usyk em primeiro lugar.
No mínimo, é compreensível que a equipe de Fury esteja pressionando para que a luta aconteça no ano que vem. É difícil imaginar esta versão de Fury derrotando Usyk em dezembro ou mesmo, as habilidades do canhoto são diferentes das de Ngannou.
E qual era essa versão do Fury? Além de jogar pingue-pongue antes da luta, ele afirmou que poderia vencer Ngannou depois de beber “25 litros de cerveja”. Esperamos que o teste de drogas pós-luta inclua um bafômetro.
